Luz


E eis que se fez luz. O Sol descansou, a Lua acordou. Com ela trouxe o elixir do mistério, transposto na escuridão, no vazio, no medo do desconhecido. Horas vão passar, sem que ele se mova. Seguro de si mas impotente perante a indiferença dos que por ali passam. Só aquela alma repara naquele triste lampião.
E eis que se fez luz.

Foto por: Sofia MB

Comentários

ag disse…
É verdade que serão sempre os poucos que pararão para simplesmente mirar a luz, sob qualquer forma, seja meio-dia, seja lusco-fusco, seja o enluarado, seja o candeeiro da meia noite. Fez-se luz, nessa alma que sabe que é iluminada, e não desses que reclamam que está escuro.
Nuno Miguel disse…
Amei! revi-me subitamente nas tuas palavras, quase que me senti a luz eterna que ilumina o caminho, a tal alma penada iluminada por um lampião sem destino...

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