De 2006 a 2018



Passou-se mais de uma década desde estes primeiros posts.
Não me lembro como passou tanto tempo assim num ápice.
Também não sei de onde vinha tanta espontaneidade e jovialidade naquele tempo.

Estou uma sombra do que sou.

As minhas imagens falam por mim.
Repletas de escuridão que já deveria ter sido iluminada.
Curiosamente parecia ter mais luz naquela época do que tenho agora.

A vida avaria-nos.

É o que posso constatar.
A máquina funcionava bem até se danificar. Como tudo.
E a julgar pelo tempo que já passou, agora só reciclando o que sobrou se quiser aproveitar as peças.

Nada volta ao mesmo.

Continuo uma ilha.  Mas sem praia aprazível. Com vegetação alta e descontrolada.
Quem cá quiser entrar, nunca mais sairá.
Não porque não tenha vontade de ficar, mas simplesmente porque não há saída.

E assim volto.

No negrume da minha escuridão.
Pesada. Arrastando-me. Com memórias novas, imaginação abafada. Mas com a mesma ânsia de despejar aqui dentro o que continua a não ter lugar lá fora.

Porque aqui existe espaço e lá fora, não.
Nem para mim, nem para o que me suporta.


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